Total de visualizações de página

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

PROLOGO - MARTE

Lembro-me de olhar seus olhos arredondados e de lhe dar o ultimo abraço, lembro-me de encostar em sua pele macia e aveludada e cochichar em seu ouvido o quanto a amo, de olhar seus olhos azuis anis e lhe dizer que logo voltaria para vela. Andréia, minha querida irmã, tinha o mesmo sorriso e o mesmo caminhar de nossa mãe, a mesma perseverança de nosso pai, e minha mesma atitude.
No momento em lhe dei o ultimo abraço notei uma lagrima rolando de seus olhos como se fosse a ultima que fosse ver, meu coração acelerou, minha respiração ficou ofegante, meus olhos vibravam e mesmo antes de deixá-la já estava morrendo de saudades.
A olhava como se ela fosse a ultima coisa a desejar na terra, iria sentir mais saudades dela do que dos verdes campos, do que as enormes florestas, do que os grandes oceanos e do que o belo céu azul. Iria sentir mais falta dela do que iria sentir da terra. Mais sabia certamente logo ela iria se juntar a nós na colônia, precisava somente terminar seus estudos e aproveitar um pouquinho mais da Terra.
Andava até a enorme elevação de metal composta por 10 turbinas, maior que um estádio de futebol, maior do que o 4º Titanic, em um formato arredonda de cor cromada com algumas luzes de ledes Néon azul essa era a nossa espaçonave, pegava minhas malas e ia em frente, Andréia cada vez ficava mais longe, cada vez mais distante, meu coração parecia que ia estourar e meu ar parecia que iria acabar, subia lentamente a rampa da nave, junto com os demais atrasados.
E lá estava ele me olhando com seus olhos castanhos sua forma atlética seu jeito robusto e rude de ser, iria passar os próximos 6 meses com ele, ele cuidava da segurança e do controle da tripulação durante a viagem era uma espécie de soldado da nova sociedade, parado na porta da espaçonave olhava cada um que entrava e verificava as credenciais e passagens.
Ele me olhava atentamente quando parei em sua frente, pude ler seu crachá, “Cabo Scott tomas Valentino” ele pegou uma espécie de aparelho com um leitor de códigos, em sua base uma tela em cristal liquido do tipo touch screen, segurou meu pulso direito e passou o mesmo sobre o braço, uma espécie de lazer azul fazia um escaner preciso de meu  lote* quando terminou na tela parecia minha foto com minhas informações – Seja bem vinda a nave Shiva doutora Shopie McRose – Sua voz era sutil e gentil, e me deixa cada vez mais sobre tensão.
A nave levantava vôo lentamente, ela ia flutuando como um balão, pela janela de meu quarto via todos ao redor dando adeus aos seus parentes e lá parada no meio da multidão estava ela, Andréia com o laço vermelho amarrado na trança seu seus cabelos loiros e finos. Aos poucos vias as floresta, os vales, as montanhas, vias as cidades ficarem pequenas os Oceanos emergirem o céu escurecer, as estrela surgirem, pressionava levemente a mão sobre a janela como um sinal do meu adeus, o adeus a tudo o que a terra era, como não pude dar um ultimo abraço a tudo era a única maneira que achei para me despedir, sobre minha mesa via meu crachá onde ao lado da minha foto dizia, “Shopie McRose, virologista”.

lote= Sistema usado para indentificação ou uso de Ryons*, trata-se de bionanotecnorobos*, que são introduzidos diretamente na corrente sanguinea, com um scanner é capaz de ser feitos qualquer transação financeira, ou saber sobre origens, data de nascimento, nomes dos pais e familias, e até conta bancaria.
Ryons = Sistema em dinheiro virtual, pode ser acessado pelos Lote para fazer qualquer tipo de transação financeira sem ter de usar notas ou moedas, funciona como cartão de credito, mais acessado pelo Lote.
Bionanotecnorobos = Micro circuito robotico, introduzido diretamente na corrente saguinia, usado para indentificação, e acesso a contas bancarias e indentificação civil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário